Celebra-se esta sexta-feira, 03 de Março, o Dia Mundial da Vida Selvagem. O objectivo deste dia é consciencializar os cidadãos para a proteção da fauna e flora, especialmente as espécies ameaçadas. Pretende-se, também, demonstrar os benefícios que a conservação das espécies tem para a vida no planeta e para a sobrevivência do ser humano.

Este ano comemora-se o 50.º aniversário da assinatura da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, que foi assinada a 3 de março de 1973, por 183 estados.

O tema escolhido para 2023 é “Parcerias para a Conservação da Vida Selvagem”, que permitirá celebrar todos os esforços de conservação, desde a escala intergovernamental até a escala local. Dentro deste tema o dia foca-se em dois subtemas:

– Vida marinha e oceanos – com cerca de 70% do nosso planeta coberto por água, o impacto da conservação marinha é importante; e

– Negócios e finanças – mundialmente, os esforços de conservação precisam de ser financiados e esse trabalho precisa de ser feito em colaboração com empresas – uma área que, no passado, era vista como exploradora e insustentável. Parcerias bem-sucedidas para a conservação devem encontrar formas de incluir as empresas se quisermos reverter a perda de biodiversidade.

Segundo dados da Administração Nacional das Áreas de Conservação (ANAC), em Moçambique, já foram catalogadas cerca de 10.000 espécies de flora e fauna. O número de espécies de plantas situa-se em 5.743, das quais 250 são endémicas. A fauna terrestre já catalogada totaliza 4.271 espécies, entre insectos, aves, mamíferos e anfíbios e as instituições de investigação continuam a identificar novas espécies.

Dados da Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção, da União Internacional para a Conservação da Natureza, apontam que mais de 42100 espécies estão ameaçadas de extinção e serão necessários esforços conjuntos e combinados para reverter este cenário.